Letalidade. Essa é uma palavra que pode definir o mosquito, inseto pequeno, que parece frágil, mas que na realidade é um grande vetor de doenças e perigos aos humanos. Anualmente, milhares de pessoas morrem anualmente por conta das doenças transmitidas pelas picadas do mosquito.
Apenas no Brasil, milhares perdem a vida por conta da dengue todos os anos – doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Neste artigo, vamos falar das doenças causadas por mosquitos e formas para você se proteger.
Pequeno e letal: o mosquito é o animal que mais mata pessoas
Qual destas criaturas mete mais medo em você: uma cobra, um tubarão ou um mosquito? Não se engane pela aparência inofensiva do inseto. O mosquito é o animal mais letal do planeta.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), doenças transmitidas por mosquitos causam cerca de 700 mil mortes por ano. Isso porque muitas espécies carregam vírus e protozoários nocivos. Ou seja, basta uma picada para o pior acontecer.
Para se ter ideia da letalidade desse pequeno inseto, em 2024, no Brasil, morreram mais pessoas por dengue do que por Covid: foram 6.068 mortes por conta da doença causada pelo mosquito Aedes aegypti, enquanto 5.959 pessoas morreram por coronavírus no mesmo período.
Pasmem: esses números representam um aumento de 414% nos óbitos por conta da dengue em relação a 2023, quando foram registradas 1.179 vítimas.
Como se não bastasse o perigo, é bem mais fácil encontrar mosquito que cobra na cidade, não é mesmo? Portanto, você deve conhecer maneiras de eliminar esse ser indesejado. Continue conosco e saiba os detalhes.
Doenças causadas por mosquitos
Quem dera a coceira fosse o único incômodo causado por uma picada de mosquito. Em muitos casos, o ataque leva a quadros dolorosos, que incluem febre, náuseas e outros sintomas. Até mesmo a possibilidade de morte deve ser considerada.
Acompanhe abaixo sete enfermidades transmitidas pelo inseto. Em seguida, veja medidas para evitar a proliferação da praga.
Elefantíase
A filariose linfática é uma doença causada por vermes transmitidos pelo Culex quinquefasciatus. Trata-se de um tipo de mosquito bastante comum na natureza.
Basicamente, o inseto infectado pica a vítima e o parasita cai na corrente sanguínea da pessoa. A larva se desenvolve dentro do corpo dela. Isso causa lesões nos vasos linfáticos, resultando em edemas que doem bastante.
O inchaço, principalmente nos braços e nas pernas, é tão pronunciado que os membros ficam parecendo patas de elefante. Vem daí o nome popular “elefantíase”.
Febre de Oropouche
Essa moléstia também é transmitida pelo Culex quinquefasciatus. Os sintomas são parecidos com os da dengue. O paciente pode apresentar febre, dor nas articulações e náuseas, por exemplo.
Quadros mais graves costumam evoluir para meningite viral. Embora essa seja uma variante branda da meningite em comparação à bacteriana, deve haver acompanhamento médico para controlar o problema.
Malária
O gênero de mosquito Anopheles é considerado um dos mais perigosos da Terra. Pelo menos 40 espécies desse grupo podem hospedar o protozoário Plasmodium, causador da malária. No Brasil, as variedades preocupantes concentram-se principalmente na região amazônica, no Centro-Oeste e no Sudeste.
A doença causa febre alta, sudorese, calafrios, tremores e dor de cabeça. As complicações mais graves envolvem convulsões, pressão baixa e hemorragias. O tratamento é ambulatorial e relativamente simples, mas novos casos ainda preocupam as autoridades. No Brasil, em 2023, foram 140.265 casos de malária, um aumento de 8,8% em comparação com o ano anterior. A maioria dos casos (99,98%) foram registrados na região amazônica, segundo o Ministério da Saúde.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), foram 263 milhões de casos de malária no mundo em 2023, com 597 mil mortes. O número corresponde a um aumento de 11 milhões de casos a mais em relação a 2022; as maiores incidências foram no continente africano – em um número que representa 95% deste total.
Febre amarela
Os insetos do tipo Haemagogus e Sabethes transmitem febre amarela nas áreas silvestres. No entanto, se uma pessoa infectada com o vírus vai para a zona urbana, ela pode dar início a um novo ciclo de contágio. Nas cidades, o vetor da doença é o mosquito Aedes aegypti.
Os sintomas da febre amarela são dor de cabeça, perda de apetite, náuseas, vômito, dores musculares, calafrios e febre. Na fase tóxica, pode haver sangramentos, insuficiência renal, distúrbios no fígado e icterícia – o “amarelão” na pele e nos globos oculares.
Dengue
A dengue pode ser assintomática, isto é, passar despercebida. Quando há sinais de infecção, o paciente tem febre alta e início súbito. A dor atrás dos olhos também é característica. Aliás, a dengue tem fatos e curiosidade que podem lhe surpreender.
Atenção às petéquias (manchas vermelhas) e ao sangramento na gengiva, no nariz ou nas partes íntimas. Esses são indícios de dengue hemorrágica, a forma mais severa – e letal – da enfermidade.

Chikungunya
A chikungunya provoca dores fortes nas articulações. O desconforto é tão intenso que a vítima não consegue permanecer em pé. Inclusive, esse sintoma deu nome à doença, que significa “aqueles que se dobram” em suaíli, um idioma africano.
Junto a isso, pode ocorrer inchaços pelo corpo e febre alta. O indivíduo fica bastante debilitado, levando várias semanas até sentir-se pronto para retomar as atividades do dia a dia.
Zika
Apenas 20% dos infectados por zika vírus têm sintomas. Em geral, há febre baixa e manchas vermelhas pelo corpo. A coceira generalizada e a conjuntivite (inflamação nos olhos) são outras manifestações possíveis.
Além da picada do mosquito Aedes aegypti, os meios de contágio incluem relações sexuais, transfusão de sangue e transmissão da mãe para o feto durante a gestação. Esse é um grande perigo, pois o vírus está associado a malformações congênitas, como a microcefalia.
Já os adultos devem se preocupar com a correlação entre zika e a síndrome de Guillain-Barré, que afeta o sistema nervoso e paralisa os músculos. A evolução é rápida. Pode levar meses até que o paciente recupere os movimentos.
Saiba mais: O que fazer com picada de inseto desconhecido
O Aedes aegypti é o maior vetor de doenças
O Aedes aegypti é um dos maiores vetores de doenças que podem ser letais à saúde humana. O mesmo mosquito, que transmite a febre amarela no meio urbano também transmite dengue, zika e chikungunya e, hoje, é considerado um dos principais vilões da proliferação de doenças no Brasil.
De acordo com o Instituto Butantan, há uma combinação de fatores que contribui para a proliferação do mosquito. Dentre eles, o clima mais quente e as chuvas de verão, que favorecem o surgimento de criadouros do mosquito por conta da água parada. A proliferação do mosquito ainda tem outro incentivo bastante perigoso e depende do ser humano: a ausência de medidas eficazes de higiene e prevenção, que incluem a falta de atenção da população e as políticas públicas deficientes.
Dicas para se proteger dos mosquitos
Eliminar os mosquitos por completo seria impossível. Os insetos se reproduzem tão rapidamente que são considerados uma das pragas urbanas mais difíceis de se combater. Ainda assim, existem medidas de controle que você pode adotar para minimizar os riscos de infestação. Veja o passo a passo:
1. Telas protetoras
Essas estruturas devem ser fixadas em portas e janelas, principalmente se você vive na zona rural. O recurso evita o acesso de bichos indesejados, como mosquitos, moscas, aranhas, baratas e escorpiões.
2. Repelente
O repelente de mosquito colabora para afugentar o Aedes aegypti. O transmissor da dengue ataca durante o dia, então vale aplicar o produto antes de sair para a rua. Caso você não tenha certeza sobre qual cosmético usar, pergunte a um dermatologista.
3. Armadilha luminosa
Outras espécies de mosquitos têm hábitos noturnos. Elas são atraídas pela luminosidade das lâmpadas que utilizamos dentro de casa. É por essa razão que nuvens de insetos invadem sua sala de vez em quando.
A armadilha luminosa pode ser um artifício interessante para enganar esses insetos. As criaturas seguem em direção à luz e são capturadas por um refil adesivo e, posteriormente, morrem.
Saiba mais: Dicas para manter os insetos noturnos longe
4. Lixo
O lixo deve ser jogado em latões ou caçambas fechadas. Detritos espalhados pela rua ou em terrenos baldios tornam-se criadouros de pragas. Se houver descarte irregular no seu bairro, denuncie à prefeitura ou à Defesa Civil.
5. Água parada
Não deixe água parada em vasos de plantas, calhas e demais objetos. Para evitar a água parada, que serve de criadouro para o mosquito da dengue, é fundamental eliminar ou tratar os locais onde a água pode acumular.
6. Desinsetização
A desinsetização, ou dedetização, ajuda no manejo de pragas. O procedimento cria uma barreira química no local, eliminando focos de infestação e evitando que novos mosquitos se criem ali.
O controle de pragas profissional utiliza domissanitários, substâncias biodegradáveis autorizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Assim, os resultados são eficazes sem prejudicar o meio ambiente.
Quer saber mais? Entre em contato com a Desinservice e solicite orçamento para controle de insetos. Com a nossa ajuda, nenhum mosquito vai incomodar você.
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