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Se você é do campo ou já teve contato com a zona rural e suas vivências, provavelmente está acostumado a conviver com a presença de carrapatos. Esses parasitas são comuns em animais de grande porte, como bois e cavalos, podendo atingir cães e aves domésticas. Além disso, os carrapatos também podem atacar humanos, trazendo riscos à saúde.

Logo, é bom se preocupar, pois os transtornos podem ser grandes. Por isso elaboramos este artigo com importantes informações sobre os carrapatos, os principais riscos à  saúde humana e, também, como se proteger. Siga conosco!

Carrapatos também atacam humanos

Embora sejam frequentemente associados a animais de estimação e à vida selvagem, os carrapatos também representam uma ameaça real para os humanos. No Brasil, as espécies de carrapatos mais conhecidas por atacar humanos são o carrapato-estrela e o carrapato marrom.

Carrapato-estrela

O Amblyomma cajennense, conhecido como micuim ou carrapato-estrela, é encontrado na zona rural. Esse parasita vive na grama e se alimenta de sangue. Para comer, ataca o gado e animais silvestres, a exemplo das capivaras.

A principal preocupação é quando o artrópode está infectado com a bactéria Rickettsia rickettsii, responsável pela febre maculosa, doença que pode ser letal e que vamos abordar na sequência.

Falando do micuim, esse é o nome popular da fase jovem do carrapato-estrela. Ele é tão pequeno que pode ser confundido com um pontinho escuro na pele. Por isso é importante ficar muito atento.

Carrapato-estrela (Amblyomma cajennense)
Carrapato-estrela (Amblyomma cajennense) – Foto: www.nationalgeographicbrasil.com

Carrapato marrom/vermelho

Se você prefere concreto a mato, também deve ficar alerta. A espécie Rhipicephalus sanguineus, conhecida como carrapato marrom ou carrapato vermelho, sobrevive tranquilamente em locais secos e escuros. Batentes de portas e janelas, rodapés, estrados de camas, quadros de parede e frestas em muros são alguns dos esconderijos possíveis.

Essa praga consegue passar até 200 dias sem alimento, mas nem é preciso esperar tanto. Cães viram um alvo fácil e os peludos podem adoecer devido a microrganismos transmitidos pelos parasitas. Gatos também podem pegar carrapatos, mas é uma situação menos comum.

Carrapato marrom (Rhipicephalus sanguineus)
Carrapato vermelho (Rhipicephalus sanguineus) – Foto: www.portaladama.com

Quais os sintomas da mordida de carrapato?

Mesmo que em muitas situações não seja comum ver um carrapato preso à pele de um humano, se isso acontecer alguns sintomas podem ser comuns, como um pequeno caroço vermelho, saliente e pruriginoso (que causa coceira) na sua pele.

A área afetada da sua pele vai ficar vermelha, podendo ter uns cinco centímetros de diâmetro, e apresentar erupção cutânea. Além disso, pode haver sensação de fadiga, mal-estar, dores musculares, de cabeça, febre e fraqueza.

Como tratar mordida de carrapato

A primeira coisa que você deve fazer para tratar a picada de um carrapato é ter cuidado ao removê-lo e, em especial, aplicar um antisséptico no local da mordida para evitar a infecção. 

Caso a pele apresente alguma reação mais grave, além da vermelhidão, você pode considerar o uso de algum medicamento anti-histamínico, mas a recomendação é que procure uma opinião médica antes de iniciar qualquer tratamento.

Como tirar o carrapato da pele

Cuidado! Na hora de remover o carrapato você deve segurá-lo com uma pinça e puxá-lo para fora (cuide para não estourar o bichinho).

É importante você saber que não deve tentar tirar o carrapato colocando álcool, esmalte de unhas, vaselina ou um fósforo quente sobre ele. Esses métodos não funcionam bem e podem machucar sua pele ou piorar a mordida.

Saiba mais: Quais são as aranhas mais perigosas do Sul do Brasil?

Carrapatos podem transmitir doenças aos humanos

Artrópodes da classe Arachnida, como as aranhas e escorpiões, os carrapatos têm como hospedeiros diversas espécies de anfíbios, répteis, aves e mamíferos. São capazes de transmitir agentes causadores de doenças, como vírus, protozoários e bactérias. Um exemplo é a febre maculosa, que mencionamos anteriormente, que pode ser letal para os humanos.

Febre maculosa, doença transmitida por carrapatos que pode ser fatal

Sim, como falamos, a febre maculosa pode ser fatal para humanos. Ela é uma doença causada pela picada de carrapato infectado com bactérias da família Rickettsia. De acordo com o Ministério da Saúde, a febre maculosa é uma doença infecciosa, febril aguda e de gravidade variável, com reações que podem ser leves ou evoluir até quadros mais graves. 
Seus principais sintomas são: febre alta, dor no corpo e dor de cabeça, falta de apetite, desânimo, dor muscular (podendo levar à paralisia) e manchas avermelhadas na pele. O período de incubação da doença dura sete dias, em média, podendo variar de dois a 14 dias.

Doença de Lyme

Essa também é uma infecção bacteriana transmitida por carrapatos, que pode causar lesões na pele, no sistema nervoso, no coração e dores nas articulações. Seus primeiros  sintomas são semelhantes aos da gripe e aparecem entre 3 a 30 dias após a picada do carrapato, com a pele tendo uma grande mancha vermelha no local da picada.

Doença de Powassan

A Powassan é causada por um vírus transmitido por picadas de carrapatos do gênero Ixodes. É uma doença mais rara, até por isso é uma preocupação para a saúde pública por poder causar complicações neurológicas graves.

Babesiose

Outra doença transmitida por carrapatos é a babesiose. Ela é uma infecção causada por um protozoário que ataca os glóbulos vermelhos do sangue. O principal carrapato que transmite a doença é o carrapato de veado (Ixodidae). Febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, cansaço, olhos vermelhos e sensíveis, além de dor de garganta, tosse, rigidez do pescoço, falta de ar e pele amarelada são os principais sintomas da babesiose.

Erliquiose

A erliquiose é uma doença que faz essa atenção ser redobrada, afetando principalmente os cães. Essa doença transmitida por carrapatos (o famoso carrapato marrom) pode acometer outros animais, mas é mais raro. A erliquiose deixa o cachorro debilitado, anêmico, podendo ter sangramentos em vários órgãos do corpo e apresentar doenças secundárias, já que o sistema de defesa fica fragilizado.

Tularemia

Também conhecida como “Febre do Coelho”, a tularemia é uma doença infecciosa causada por carrapatos. Ela atinge mamíferos, especialmente roedores, como coelhos e lebres. A transmissão por carrapato ocorre quando a bactéria entra na pele através da picada do inseto, geralmente na virilha, axila ou tronco. 

Carrapato "estufado" após se alimentar
Carrapato “estufado” após se alimentar – Foto: Divulgação

Paralisia por picada de carrapato

Essa é uma condição causada por uma toxina presente na saliva de algumas espécies de carrapatos. Os sintomas incluem fraqueza e cansaço, inquietação, irritabilidade, paralisia progressiva, geralmente começando nas pernas, além de paralisia dos músculos respiratórios.

Para se ter noção da gravidade de uma picada de carrapato, em 2018, uma menina americana de cinco anos de idade, ficou 12 horas paralisada após ser picada por um carrapato.

Saiba mais: Picada de inseto desconhecido? Saiba o que fazer

Como saber se um carrapato me transmitiu alguma doença? 

Claro que se você sabe que foi picado por um carrapato, o mais recomendado é você procurar um médico.

Em um segundo momento, para saber se o carrapato lhe transmitiu ou não uma doença é necessário ficar atento aos seguintes sintomas de infecção: área vermelha ao redor da picada, erupção cutânea e sensação de mal-estar geral (dores musculares, dor de cabeça, febre, fraqueza).

Agora se nenhum desses sintomas está presente, isso pode ser um sinal de que você não está infectado. Mas é sempre bom ficar atento, não é mesmo?

Como se proteger dos carrapatos na natureza?

Com o clima mais quente e o contato com a natureza, os riscos de carrapatos aumentam. A atividade dessas pragas pode ser ainda maior à medida que as temperaturas subirem.

Claro que a melhor maneira é não ser picado por um, mas existem maneiras de evitar que esses animais se aproximem ou até mesmo formas de identificar um carrapato tentando grudar-se a você. Veja abaixo formas de se proteger:

  • use repelente;
  • use mangas longas e calças;
  • coloque as calças dentro das meias – é uma maneira eficaz de evitar que os carrapatos atinjam as pernas;
  • use roupas claras.

Como identificar uma infestação de carrapatos?

A presença desses animaizinhos inconvenientes em cães e humanos pode ser sinal de uma infestação de carrapatos. Eles podem ficar em locais de grama, especialmente em épocas de calor mais intenso.

Assim, o ideal é ficar atento a sinais como coceira intensa nos animais, vermelhidão na pele, presença de pequenas bolinhas no pelo, febre, fraqueza e perda de apetite. Se esses sintomas se manifestarem em seu animal, é preciso tomar imediatamente medidas para controlar a infestação.

O que fazer em caso de infestação de carrapatos?

Aí você pergunta: como controlar uma infestação? Ao contrário do que costumamos recomendar para ambientes tomados por cupins, baratas e formigas, não adianta apenas fazer faxina. Os carrapatos são resistentes a produtos de limpeza.
Portanto, a maneira efetiva de resolver o problema é acionar uma equipe de dedetização.

O controle de pragas utiliza substâncias profissionais que eliminam colônias e criam uma barreira protetora, impedindo a chegada de novos invasores. O procedimento segue manuais de boas práticas e cumpre todas as normas de segurança determinadas pelos órgãos reguladores.

Livre-se dos carrapatos! Entre em contato com a Desinservice e solicite um orçamento para controle de insetos. Fones: 0800 042-0291 / (55) 3028-6888 / (51) 3723-1502. Whatsapp: (55) 99905-3373. Atendemos em todo o Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.

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