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Insetos são um perigo em qualquer etapa da produção agrícola. Do plantio à armazenagem, eles podem causar quebras e diminuir a qualidade da mercadoria. É para impedir o avanço das pragas que se recomendam procedimentos preventivos, como o expurgo de grãos com gás fosfina. Mas essa alternativa é segura mesmo?

Embora muitos produtores reconheçam a importância da técnica, ainda existem dúvidas sobre sua segurança. Afinal, aos olhos do público leigo, espalhar substâncias químicas sobre produtos alimentícios não parece algo muito saudável.

De fato, a fosfina pode ser tóxica aos humanos. Por outro lado, quando o manejo desse domissanitário ocorre da maneira correta, não há risco à saúde dos consumidores. A seguir, veja como deve funcionar o controle de pragas em silos, armazéns graneleiros e outros espaços de estocagem.

O que é expurgo de grãos

O expurgo de grãos é um tratamento de defesa. O objetivo é controlar pragas que possam comprometer o produto estocado. Dessa forma, a mercadoria não perde valor comercial e ainda permanece própria para consumo.

Esse procedimento pode ser realizado em armazéns e silos. Porém, também ocorre nos próprios locais de transporte, como vagões de trens e porões de navios. Isso impede que pragas exóticas cheguem ao país de destino. Ou seja, trata-se de uma medida de segurança para prevenir que insetos de fora, sem predadores naturais, destruam as plantações estrangeiras.

Atualmente, o gás fosfina é um dos produtos para expurgo de grãos mais eficazes no controle de pragas agrícolas. Além de eliminar focos de infestação, tem a vantagem de que não altera a coloração, o sabor e a textura dos cereais.

Saiba mais: Fumigação ajuda a proteger a safra

Benefícios do procedimento

O objetivo do expurgo de grãos é evitar perdas por conta dos insetos. É que existem muitas criaturas que atacam a produção agrícola. Nas lavouras, por exemplo, as formigas cortadeiras podem destruir as folhas e os ramos de uma planta.

Mesmo que os agricultores tomem medidas de controle ainda no campo, a ameaça segue nas etapas posteriores da safra. Alguns parasitas sobrevivem na massa de grãos estocada, continuando o ciclo de destruição.

Podemos citar as traças, que agem na superfície. Na forma de mariposas, elas depositam ovos sobre os cereais. Depois, as larvas eclodem e perfuram a casca do milho, do trigo ou do arroz. Elas se alimentam ali dentro. Em seguida, viram pupa para continuar a transformação até a fase adulta, tornando-se novas mariposas.

Outro problema comum em áreas de estocagem são os besouros, também conhecidos como caruncho ou gorgulho. Algumas espécies, principalmente as dos gêneros Sitophilus e Rhyzopertha, se movimentam entre os grãos e atingem zonas mais profundas do silo. Além de devorar o conteúdo armazenado, eles podem carregar microrganismos diversos, como fungos, elevando a quantidade de microtoxinas e alterando as propriedades dos alimentos.

Diante dessas e de outras ameaças, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) recomenda técnicas para evitar infestações, a começar pela regulagem de temperatura e de umidade relativa do ar nos armazéns. Isso porque o clima quente e abafado favorece a proliferação dos invasores.

A higienização dos grãos a granel também é importante. Contudo, esses cuidados não são suficientes. Pode haver ovos ou pupas de traças escondidos nas plantas recém-colhidas. Já insetos adultos costumam entrar nesses locais por meio de frestas nas paredes ou no telhado – algo comum nos paióis de madeira de propriedades rurais pequenas. Sendo assim, a Embrapa indica o expurgo dos grãos armazenados como procedimento complementar.

Saiba mais: Pragas causam quebra na produção de milho

Quem deve realizar o expurgo de grãos

Vale ressaltar que esse tratamento é fiscalizado por diferentes entidades. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla em inglês) estabelecem normativas para o manejo correto dos químicos empregados no expurgo.

Como estamos falando de substâncias tóxicas, é extremamente importante seguir as medidas de segurança determinadas pelos órgãos responsáveis. Por exemplo, os espaços graneleiros têm de ser vedados com lona específica, a área deve ser evacuada durante a aplicação do produto e a equipe responsável pelo serviço precisa utilizar Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).

Por conta de todos esses cuidados, o expurgo de grãos deve ser conduzido por uma empresa especializada. Os profissionais são treinados para o manejo seguro do gás fosfina. Fora isso, emitem documentação com registro do serviço realizado.

O que deve constar em um registro de expurgo

O laudo técnico referente ao expurgo costuma trazer informações como:

  • Tipo de substância utilizada (que deve constar na lista de químicos aprovados pelas autoridades sanitárias);
  • Dosagem do produto para expurgo de grãos (que varia de acordo com o volume de cereais a ser expurgado);
  • Tempo de exposição (que pode ser maior ou menor conforme a temperatura do ambiente);
  • Data de início e término do procedimento (vale lembrar que pupas e larvas costumam ser mais resistentes à fosfina, então, para eliminá-las de vez, recomenda-se realizar novo procedimento dez ou 15 dias após a primeira sessão, dando tempo para os insetos atingirem a maturidade).

Aqui reiteramos a necessidade de contar com uma equipe competente. Observe que a quantidade de fosfina utilizada no expurgo vai depender do grau de infestação, do tamanho do local e das demais variáveis listadas acima. Para calcular a quantidade exata de gás, existe um medidor específico.

Acontece que algumas empresas não usam o aparelho de medida. Esse é um sinal de alerta, pois, sem o recurso, a equipe corre o risco de usar menos produto do que deveria. O custo final dessa operação até sairá barato, já que se poupou material, mas a área não estará imunizada contra traças, besouros e outros seres indesejados.

Também há chance de ocorrer o contrário: uma superdosagem de fosfina. Nessa hipótese, pode haver contaminação dos grãos. Sem contar os possíveis desequilíbrios ambientais.

Portanto, você deve contar com a colaboração de profissionais treinados. As equipes precisam seguir normas de boas práticas para um expurgo de grãos seguro. Essas precauções garantem um serviço eficiente e sem riscos à saúde pública.

Saiba mais: Tudo sobre a fosfina, inimiga nº 1 das pragas de grãos

Cuidados para um expurgo de grãos seguro

O método de recirculação de fosfina pode ser aplicado tanto no produto recém-colhido quanto nos grãos armazenados há mais tempo. Ele cria uma barreira química, eliminando focos de infestação e impedindo que novos parasitas se instalem na massa estocada. No entanto, para atingir o resultado esperado, é preciso seguir algumas precauções.

Uma das principais medidas para reforçar a segurança no expurgo de grãos consiste em vedar silos de milho, armazéns de arroz e demais espaços de estocagem. Essas estruturas não são hermeticamente fechadas – o que, inclusive, pode facilitar o acesso de animais ao interior do prédio. Logo, sem vedação, o gás escaparia pelas fissuras das paredes.

A estratégia é forrar o local com lonas, fixadas com tiras adesivas de plástico. Junto a isso, há um truque para localizar eventuais vazamentos de fosfina: basta utilizar tiras de papel filtro, do tipo usado em coadores de café, embebidas em solução de nitrato de prata a 10%. Em contato com o gás, a tinta escurece.

Na temperatura ambiente, a fosfina apresenta um odor semelhante ao de peixe podre. Esse elemento gasoso também é altamente inflamável em contato com o ar.

Desse modo, durante o processo de expurgo, apenas a equipe autorizada deve permanecer nos módulos a serem imunizados. Esses profissionais são treinados para manusear os cilindros de fosfina corretamente, além de vestirem EPIs como máscaras de respiração, óculos protetores e sapatos especiais.

Lembre-se: nenhuma pessoa pode inalar fosfina. Ela é altamente tóxica ao organismo humano e pode levar à morte em poucos minutos. Porém, uma vez finalizado o procedimento, não há mais risco. O gás se dissipa depois de alguns dias. Então, a massa de grãos pode ser manuseada, transportada e comercializada normalmente.

Veja também: Carunchos e traças comprometem grãos estocados

Por que terceirizar o expurgo de grãos é um bom negócio

Como você viu ao longo deste artigo, o expurgo de grãos só é seguro quando os cuidados são respeitados. Em muitas propriedades rurais, o serviço ainda é conduzido pelos próprios empregados, sem o devido controle de temperatura, tempo de exposição ou quantidade de fosfina utilizada. Resumindo: não há garantia alguma de que o procedimento dê certo.

A história é bem diferente quando se contrata uma imunizadora qualificada. Nesse caso, os profissionais têm licença dos órgãos reguladores e seguem manuais de boas práticas, o que garante a seriedade do serviço.

A Desinservice conta com uma equipe extremamente capacitada para proteger a safra. Nossos colaboradores respeitam as normas técnicas, usam EPIs durante o trabalho e ainda fornecem laudos com todos os detalhes relativos ao procedimento de expurgo de grãos.

Quer mais informações? Entre em contato e solicite um orçamento para o serviço de expurgo de grãos. Fones: 0800 042-0291 / (55) 3028-6888 / (51) 3723-1502. Whatsapp: (55) 99905-3373. Atendemos em todo o Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.

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