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Produtores agrícolas do país inteiro enfrentam problemas com a quebra. Somente no cultivo de milho, estima-se que a perda chegue a 10% do volume total. Dados semelhantes são registrados nas lavouras de soja, arroz e outros cereais. Para diminuir o prejuízo, a solução passa pela limpeza dos silos e pela fumigação.

Essa técnica, também chamada de expurgo de grãos, utiliza gás fosfina para eliminar parasitas. Quando administrada da maneira correta, apresenta ótimos resultados, sem risco de contaminação. Continue a leitura e descubra tudo sobre o procedimento, que é considerado o mais eficaz para o controle de pragas na massa estocada.

Fumigação ajuda no combate a pragas agrícolas

Um dos principais motivos para o prejuízo no campo são as pragas. Animais como traças e carunchos atingem tanto as plantações quanto os silos e armazéns de estocagem. Ou seja: podem danificar a massa de grãos em qualquer estágio do processo, diminuindo a qualidade e o valor comercial dos produtos.

O problema da quebra da empresa pode ser resolvido, em parte, com a adoção de boas práticas durante e após a colheita. Os ambientes de estocagem precisam estar bem higienizados. A umidade do ar deve manter-se em níveis controlados. Recomenda-se, ainda, que a produção atual não seja misturada com o excedente de safras passadas.

Mesmo assim, tamanhos cuidados não são suficientes para evitar avarias. Alguns insetos escondem-se nas plantas, ou então nas estruturas de madeira das edificações. Com alimento em abundância, esses animais se reproduzem rapidamente e elevam os estragos. A solução para evitar ainda mais perdas está na fumigação.

Saiba mais: Como evitar pragas em grãos armazenados

Mas, afinal, o que é fumigação?

O método, tecnicamente conhecido como expurgo de grãos, consiste na aplicação de gás em material recém-colhido ou já armazenado há um tempo. A substância ajuda a controlar infestações de pragas por via seca, sendo eficaz nos grãos e em seus subprodutos.

O procedimento pode ser conduzido em silos de concreto, tulhas, armazéns graneleiros, vagões de trens, porões de navios e quaisquer outros locais fechados. Quer saber como é feita a fumigação?

Em resumo, são instaladas lonas para vedar bem o ambiente. Depois, com a ajuda de mangueiras espalhadas por vários pontos do local, acontece a recirculação do gás fosfina.

O tempo de exposição ao fumigante depende do tamanho da  área. Quanto maior a unidade de armazenamento a ser imunizada, mais gás fosfina deverá ser usado. Contudo, é importante respeitar o limite máximo residual estabelecido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que é de 0,1mg/kg. Isso porque quantidades maiores levam à superdosagem, que pode contaminar o alimento.

Como funciona a fumigação com fosfina

O método de recirculação de fosfina é considerado um dos mais eficazes para impedir o avanço de pragas nos estoques da agroindústria. Esse químico age em todas as fases de desenvolvimento dos insetos, do ovo à idade adulta. E o melhor é que, quando administrado da maneira certa, não causa contaminação – o que mantém inalterados o sabor, a coloração e as propriedades organolépticas dos grãos.

Autoridades como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) indicam o uso da fosfina para a fumigação. No entanto, esse gás, assim como inseticidas e outros defensivos agrícolas, deve ser manejado de acordo com as instruções do fabricante.

Nunca é demais dizer que superdosagens podem causar problemas de saúde aos trabalhadores rurais, além de danos graves ao meio ambiente. Já uma quantidade muito baixa de fosfina pode ser ineficaz no expurgo dos grãos.

Como encontrar o equilíbrio? Simples: durante a operação, a equipe responsável deverá contar com um aparelho de medida. Ele informa, com precisão, a quantidade de gás fosfina liberada no ar.

Medidor de Fosfina
Medidor de Fosfina é utilizado para assegurar níveis equilibrados do gás durante a aplicação da substância.

Saiba mais: Tudo sobre a fosfina, inimiga nº 1 das pragas de grãos

E a fumigação com brometo de metila, quando pode ser feita?

A resposta curta para a pergunta acima é: nunca. O brometo de metila, embora tenha sido popular em épocas passadas, não é mais recomendado para o expurgo de grãos.

A explicação está no mau odor resultante de uma reação dessa substância com alguns compostos de enxofre. Os cheiros costumam persistir indefinidamente. Na maioria dos casos, não há meios possíveis de removê-los.

Em outras palavras, o brometo de metila compromete a qualidade do alimento estocado, diminuindo o valor do produto final. Isso sem contar o potencial poluente: um único átomo de bromo, elemento encontrado na fórmula do inseticida, é capaz de destruir 60 vezes mais ozônio que os átomos de cloro dos CFCs.

Agora imagine um vazamento de brometo de metila. O gás se espalha pelo ar e, em pouco tempo, chega à estratosfera. Já pensou no estrago para a camada de ozônio?

Saiba mais: O expurgo de grãos é seguro mesmo?

Certificado de fumigação para a exportação de produtos

Em acréscimo, o expurgo de grãos é muito importante para produtores que pretendem exportar a mercadoria. Afinal, havendo possibilidade de infestação na carga, existe o risco do transporte de pragas exóticas ao país de destino.

Para isso não ocorrer, o Ministério da Agricultura, da Pecuária e do Abastecimento (MAPA) credencia as empresas que podem obter a certificação da Norma Internacional de Medida Fitossanitária 15, da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla em inglês). A documentação comprova, inclusive lá fora, que o procedimento de fumigação foi realizado.

O tratamento fitossanitário assegura que não haverá pragas nos produtos (mudas, sementes, grãos etc.) nem nas embalagens que transportam esse material (caixas de madeira, pallets, entre outras). Trata-se de uma etapa essencial para quem deseja expandir os negócios.

Saiba mais: A importância do tratamento fitossanitário da madeira para exportação

Como escolher a empresa de fumigação

Aqui vale reiterar o que dissemos anteriormente: quando a fumigação é aplicada da maneira correta, o procedimento mantém inalterados o sabor, a coloração e as demais propriedades dos alimentos. Entretanto, é necessário garantir que a equipe responsável pelo serviço cumpra normas de segurança. Não dá para confiar em qualquer imunizadora.

A seguir, listamos três dicas para escolher a empresa certa. Acompanhe:

  1. Fumigação requer dose mínima de fosfina

Para surtir efeito, o método de recirculação de fosfina deve empregar uma dosagem mínima dessa substância, verificada com medidor específico. O cálculo se dá conforme o tamanho da área que passará pelo procedimento.

Preste atenção! Muitas empresas diminuem a quantidade de gás utilizado no expurgo de grãos, ou nem sequer têm o aparelho de medida. Essa prática barateia os custos, mas não garante a proteção da massa estocada. Portanto, aqui vai a primeira dica: desconfie de orçamentos muito abaixo da média.

  1. Expurgo de grãos deve ser feito com segurança

Por outro lado, superdosagens de fosfina podem contaminar seu estoque de milho, arroz ou soja. Esse é um risco sanitário que produtor nenhum deveria correr. Sendo assim, a equipe responsável pela fumigação deve demonstrar capacidade técnica para realizar o procedimento de maneira segura.

A segunda dica, então, é observar se a imunizadora segue as boas práticas determinadas pelos órgãos competentes, como o MAPA e a FAO. Veja algumas das recomendações:

– Os espaços graneleiros têm de ser vedados com lona específica;

– O perímetro deve ser evacuado durante a aplicação da fosfina;

– Os profissionais precisam utilizar Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).

  1. Reputação no mercado determina a qualidade do serviço

A última dica serve para a contratação desse e de qualquer serviço: pesquise sobre a reputação da marca. Companhias sérias têm registro e autorização para exercer as atividades, então você deve ir atrás dessas certificações.

A satisfação de clientes anteriores também ajuda a avaliar o nível de competência dos profissionais. Nesse caso, você pode pedir referências a outros produtores agrícolas.

Ainda, uma boa estratégia é verificar se há reclamações sobre a empresa de fumigação. Você pode encontrá-las em sites de defesa do consumidor, como o Reclame Aqui e a Plataforma Reclame da organização Proteste.

Este artigo foi útil para você? Tem alguma dúvida sobre fumigação? Então entre em contato com a Desinservice e saiba mais sobre o serviço de expurgo de grãos.
Fones: 0800 042-0291 / (55) 3028-6888 / (51) 3723-1502. Whatsapp: (55) 99905-3373. Atendemos em todo o Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.

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