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O zumbido das moscas incomoda você? Pois saiba que elas podem trazer problemas bem mais sérios. Quando esse inseto pousa numa superfície, é capaz de transmitir parasitas que afetam a saúde de pessoas, animais e até plantas.

Por isso, vale a pena conhecer algumas medidas de controle de pragas. Fique conosco para saber os detalhes.

Que tipos de problemas as moscas trazem?

As moscas podem causar vários problemas, principalmente quando aparecem em áreas de manipulação de alimentos. Algumas das preocupações associadas a esses insetos incluem:

Causam doenças em humanos

Moscas entram em contato com materiais contaminados, como lixo, fezes e alimentos em decomposição. E, após isso, podem carregar microrganismos patogênicos nas patas.

Ao pousarem em superfícies limpas, elas acabam espalhando bactérias, vírus e outros parasitas. Risco sanitário na certa!

Contaminam alimentos

Como carregam micróbios, o simples contato das moscas com qualquer alimento pode torná-lo impróprio para consumo. Aliás, fica o alerta sobre padarias e lanchonetes em geral: se tem inseto rondando o balcão, é sinal de que o estabelecimento não segue cuidados básicos de higiene.

Mosca pousada em uma fruta – Foto: Divulgação

Transmitem doenças para outros animais e até plantas

As moscas são verdadeiras ameaças aos animais, sejam eles domésticos ou de rebanho. Quando pousam nos bichos, essas pragas podem transferir patógenos para a pele, as mucosas ou mesmo feridas existentes, causando infecções.

Os animais do campo, como bois e ovelhas, são particularmente vulneráveis. Porém, cães e gatos também têm risco de desenvolver inflamações de pele (como bicheiras) ou problemas gastrointestinais.

E na sequência deste post, vamos falar com mais detalhes sobre as doenças que as moscas podem trazer para outros animais.

Espécies de moscas mais comuns nas cidades

Embora já tenhamos mencionado a mosca-branca, que é uma verdadeira ameaça no campo, as espécies mais comuns na cidade são a doméstica e a varejeira, que vamos conhecer mais abaixo:

Mosca-doméstica (Musca domestica)

Com corpo cinzento e olhos avermelhados, ela mede entre 5mm e 8mm. Ao contrário de muitos insetos, têm hábitos diurnos. Ela se alimenta principalmente de fezes, secreções e materiais em decomposição.

Mosca-doméstica (Musca domestica)
Mosca-doméstica (Musca domestica) – Foto: Divulgação

Mosca-varejeira (Chrysomya megacephala)

Essas moscas grandes, relativamente maiores que as moscas domésticas, podem apresentar coloração verde ou azul, num tom metálico. São presentes no campo também, causando perigo para animais e pessoas, especialmente quando esses dois grupos possuem feridas, já que as larvas que as varejeiras largam podem ser bastante nocivas, causando uma infestação conhecida como miíase.

Mosca-varejeira (Chrysomya megacephala)
Mosca-varejeira (Chrysomya megacephala) – Foto: Divulgação

Espécies de moscas mais comuns no campo

Existem moscas que são literalmente pragas rurais. Elas são uma ameaça real às criações de gado e outros animais, especialmente porque, como já falamos, depositam larvas que causam infecções, comprometendo as condições físicas do gado. 

Mosca-dos-estábulos (Stomoxys calcitrans)

Essa mosca é muito nociva, já que não escolhe um único tipo de vítima e literalmente “morde” – ou pica – os mamíferos para sugar o sangue e se alimentar. A mosca-dos-estábulos atinge tanto os bovinos quanto os porcos e os cavalos

Mosca-dos-estábulos (Stomoxys calcitrans)
Mosca-dos-estábulos (Stomoxys calcitrans) – Foto: www.coleagro.com.br

Mosca-branca (Bemisia tabaci)

Com porte pequeno, medindo de 1 a 2 mm, a mosca-branca é uma praga agrícola que afeta diversas culturas ao redor do mundo e é um verdadeiro desafio para agricultores, mostrando que o cuidado vai além dos animais e precisa ser atribuído às plantações também. 

Elas têm um ciclo de vida curto, mas uma alta taxa de reprodução (o que é comum em pragas). Para controlar e manejar esse tipo de inseto, recomenda-se o controle biológico (com uso de predadores naturais como joaninhas e vespas), o controle químico (por meio de inseticidas), além do controle natural (que é a eliminação de plantas e espécies hospedeiras).

Mosca-branca (Bemisia tabaci)
Mosca-branca (Bemisia tabaci) – Foto: www.revistacultivar.com.br

Doenças transmitidas por moscas

Cerca de 30% dos parasitas encontrados em moscas varejeiras são bactérias patogênicas, ou seja, capazes de causar doenças em pessoas. Essa informação vem de um estudo realizado por cientistas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), da PennState University, dos Estados Unidos, e da Nanyang Technological University, de Cingapura.

Trata-se de um índice alto, que espantou inclusive os pesquisadores envolvidos. Veja quais enfermidades podem estar associadas ao contato com moscas:

  • Conjuntivite: essa infecção ocular é altamente contagiosa. Causa irritação, coceira e secreção nos olhos;
  • Gastroenterite: essa é a irritação do tubo digestivo (estômago e intestino). Os sintomas podem incluir cólicas, náusea e febre;
  • Desinteria: outro problema associado é a diarreia. Com a evacuação líquida e frequente, a pessoa pode inclusive ficar desnutrida;
  • Salmonelose: as moscas também podem transmitir bactérias do tipo salmonela. Esses microrganismos costumam desencadear intoxicações alimentares graves;
  • Febre tifoide: variação da salmonelose, a tifoide desencadeia febre alta, falta de apetite, tosse seca, manchas rosadas pelo corpo e alteração do ritmo cardíaco. Pode inclusive levar à morte;
  • Tuberculose: a infecção pelo bacilo de Koch afeta principalmente os pulmões. Tosse seca, fraqueza e emagrecimento acentuado são os principais sinais;
  • Cólera: outra doença bacteriana é a cólera, que causa diarreia. Ela é transmitida por fezes contaminadas. Portanto, se moscas pousam sobre o excremento, elas podem levar adiante os microrganismos nocivos.

Contaminação de alimentos

As moscas são vetores mecânicos que podem contaminar os alimentos, podendo causar doenças severas (que já mencionamos acima). Elas pousam em locais sujos, como lixo, fezes, carcaças de animais e esgotos, onde entram em contato com bactérias, vírus e outros patógenos e, depois, transportam microrganismos que são nocivos para os humanos. 

Empresas do ramo alimentício devem redobrar a atenção contra moscas

Empresas do setor gastronômico precisam evitar ao máximo a incidência de moscas em suas instalações. Afinal, o risco sanitário é alto.

Toda vez que uma praga dessas pousa num alimento, ela libera saliva para dissolvê-lo. Dessa forma, consegue tornar a comida pastosa, facilitando a digestão.

Só que, além de nojento, esse processo pode disseminar diversos organismos causadores de doenças. É por isso que existem normas de boas práticas para a indústria de alimentos, como a Portaria nº 326 da Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde. Ela estabelece, inclusive, a exigência de controle de pragas profissional.

Veja mais: O que é Food Safety e qual a sua importância?

Moscas podem prejudicar tanto animais quanto plantas

Não são apenas pessoas e animais que sofrem com a ação das moscas. Dependendo da espécie de inseto, nem mesmo o agronegócio escapa dos estragos, já que as plantas podem ser alvos de alguns tipos dessas pragas. 

Um exemplo é a mosca-branca (Bemisia tabaci), muito comum em todas as regiões do Brasil. Dentre as principais culturas afetadas pela espécie estão soja, tomate, feijão, algodão, melancia e batata. 

Ao sugar a seiva das plantas, ela injeta toxinas e ainda pode transmitir diversos tipos de vírus. Os vegetais acabam perdendo o vigor e a produção pode ser completamente afetada.

Saiba mais: Picada de inseto desconhecido? Saiba o que fazer

Mosca-dos-estábulos, a mosca que suga sangue e causa prejuízos na pecuária

A presença da mosca-dos-estábulos em propriedades rurais vem preocupando os pecuaristas. Isso porque o inseto é hematófago, ou seja, se alimenta de sangue. Desse modo, a praga pode atacar o gado e causar prejuízos ao rebanho. 

A Stomoxys calcitrans tem vários nomes populares, como mosca-do-bagaço, mosca-do-gado e bironha. Esse último apelido deriva do termo tupi para “mosca com dente”. E é justamente esta a principal característica do inseto: ele morde – ou melhor, pica – os mamíferos para sugar o sangue e se alimentar.

A aparência física se assemelha à de uma mosca doméstica. Deposita de 25 a 50 ovos por vez em material vegetal em decomposição, como feno e palha.

Nos estábulos, o maior indício de infestação estará no comportamento do gado. Os animais ficam agitados numa tentativa de se proteger dos ataques, e se aglomeram e esfregam o corpo uns nos outros. Os rabos balançam sem parar. Porém, o ato de se coçar apenas intensifica o incômodo. 

Moscas pousando sobre o gado
Moscas pousando sobre o gado – Foto: www.nacaoagro.com

Se uma vaca sofre diversas picadas, por exemplo, não consegue comer direito. Em vez de pastar, ela passa a maior parte do tempo tentando se desvencilhar dos insetos; vai perdendo sangue e energia e isso pode, inclusive, afetar o filhote, caso ela esteja em período de amamentação.

Dentre os principais problemas para a criação estão o comprometimento do ganho de peso dos animais, a queda da produção de leite, a perda do valor comercial do gado e possíveis mortes. Além disso, outra questão são os machucados causados pelos insetos. As feridas abertas tornam-se porta de entrada para zoonoses e infecções.

Essa mosca é capaz de atuar na transmissão de vários patógenos e servir para hospedeiro intermediário para os nematoides Habronema microstoma, agente da habronemose gástrica e/ou cutânea dos equinos, e Setaria cervi, que parasita a cavidade peritoneal de ruminantes; transmitir o vírus da anemia infecciosa equina; atuar como vetor mecânico na transmissão de Trypanosoma evansi e Trypanosoma vivax; e como vetor biológico na transmissão da mosca-do-berne, Dermatobia hominis.

Veja também: como combater os perigos dos carrapatos

Dicas para afastar as moscas do seu ambiente

Até aqui você viu como moscas são uma praga ameaçadora. A boa notícia é que existem medidas simples para afastá-las de sua casa ou empresa. Acompanhe:

  • Nunca acumule lixo orgânico por mais de um dia, pois os alimentos em decomposição atraem essas e outras pragas;
  • Lave as lixeiras com cloro ou água sanitária pelo menos uma vez por semana, o que elimina odores e resquícios de matéria orgânica;
  • Mantenha a comida em recipientes fechados, evitando o ataque de moscas, formigas, baratas…;
  • Instale telas de proteção nas janelas para barrar a entrada de moscas, mosquitos e outros insetos voadores;
  • Evite utilizar qualquer inseticida indiscriminadamente. O manuseio inadequado desses produtos pode criar resistência nas moscas.
  • Se você tem um estabelecimento comercial, especialmente do ramo alimentício, considere instalar uma armadilha luminosa. Neste artigo com dicas para manter os insetos noturnos longe, damos detalhes sobre esse equipamento. Confira!

Avalie os riscos e considere buscar ajuda profissional para dedetização de moscas

Embora as dicas acima ajudem, elas não é suficiente para eliminar a possibilidade de uma infestação. Os focos de reprodução da praga podem estar num terreno vizinho, por vezes chegando a níveis difíceis de lidar.

Nessas horas, entra em ação a desinsetização química, popularmente chamada de “dedetização”. O emprego de domissanitários autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é o procedimento mais indicado para eliminar ovos, larvas e insetos adultos. Além disso, ele cria uma barreira protetora no perímetro, afastando novos invasores.

Somente empresas autorizadas pelos órgãos de licenciamento podem realizar esse serviço com segurança. No Rio Grande do Sul, a entidade responsável pela licença é a Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luis Roessler (Fepam).

A Desinservice, além de devidamente licenciada, adota as principais medidas de segurança para realizar um controle de pragas eficiente. Nossos colaboradores passam por treinamentos de capacitação e utilizam soluções de alta tecnologia no serviço. A garantia da desinsetização é de quatro meses, com assistência técnica durante todo o período.

Quer saber mais? Então entre em contato conosco e peça um orçamento para controle de insetos (desinsetização).

Fones: (55) 3028-6888 / (51) 3723-1502. Whatsapp: (55) 99905-3373. Atendemos em todo o Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.

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